quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Chico Mendes



   Chico Mendes nasceu em Xapuri, no estado do Acre, era filho de seringueiro e seguiu a profissão do pai, com forte influência socialista de Euclides Távora, aprendeu a ler aos vinte anos de idade.
   Em uma época em que no Brasil se tinha a idéia de que o desenvolvimento viria com a transformação da floresta amazônica em pastagens, com o apoio do governo, fazendeiros do sul do país começaram a explorar a região, derrubando a mata e grilando terras logo surgiram os latifúndios.
   Os seringueiros sobreviviam do extrativismo na mata, com a derrubada da mata esses trabalhadores se viram sem sustendo, surgiram então primeiros os sindicatos de seringueiros. Chico Mendes era atuante na luta sindical, defendia não só o trabalho dos seringueiros mas também a manutenção da floresta amazônica.
   Os ideais de Chico batiam de frente com os interesses dos grandes fazendeiros da região o que custou a vida de muitos sindicalistas, mesmo sabendo do risco se transformou em um dos principais líderes sindicais da região, suas ações em defesa do meio ambiente eram reconhecidas internacionalmente inclusive com um prêmio da ONU em 1987.
   No final da década de 1980 Chico vivia sob ameaça de fazendeiros, e mesmo tendo relatado as ameaças a autoridades militares, nada foi feito para sua segurança. Em 22 de dezembro de 1988 Chico Mendes foi morto a tiros em sua própria casa, deixando mulher, dois filhos e um legado de lutas pela preservação da Amazônia.
Dois anos após o crime foram presos os responsáveis pela morte de Chico, Darly Alves dos Santos e seu filho Darcy. Aproximadamente 22 anos depois Darly, em liberdade, não se diz arrependido do crime, Darcy ainda cumpre pena.
   Chico Mendes é símbolo da preservação da floresta amazônica e das pessoas que dela tiram o sustendo, se transformando em inspiração para a música "Cuando los Angeles Lloran" do grupo mexicano Maná.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Domingo Sangrento





Ontem, dia 30 de janeiro, completou-se 38 anos desde um acontecimento que inspirou artistas como John Lennon, Paul Maccartney e talvez a mais conhecida das inspirações, a Música “Sunday Bloody Sunday” da banda U2.
Esse fato não foi digno de reverência e sim de oposição, em 1972 na Irlanda eram habituais conflitos entre dois grupos, os unionistas protestantes que defendiam a permanência da Irlanda do Norte como território do Reino Unido e os Católicos nacionalistas que defendem a união da República da Irlanda.
Eram freqüentes conflitos entre os dois grupos com atuação do IRA (Exército Republicano Irlandês) um grupo terrorista terrorista nacionalista; O governo britânico havia proibido manifestações publicas, contudo no dia 30 de janeiro de 1972 na cidade de Derry, um grupo de manifestantes católicos organizaram uma marcha pacifica a favor dos direitos civis. O exercito britânico então montou barreiras para contenção da marcha.
Para conter a multidão eram usados jatos de água, gás lacrimogêneo e balas de borracha, no entanto militares estavam fortemente armados, percebendo a presença desses militares um pequeno grupo passou a atacar os militares com pedras, alegando que esses manifestantes estavam armados e faziam parte do IRA, passaram a atirar indiscriminadamente  contra as pessoas da marcha.
Esse evento deixou um saldo de 27 pessoas baleadas e 13 vitimas fatais, destes 6 eram menores, nenhuma arma ou munição foi encontrada entre as vitimas.
Dois dias após o incidente que ficou conhecido como Domingo Sangrento, o governo britânico abriu um inquérito, o juiz aceitou o argumento do exército de que os militares foram atacados pelo IRA e que haviam motivos para acreditar que alguns dos atingidos estavam armados, justificando a ação dos soldados. Nenhum dos soldados sofreu qualquer pena, os oficiais que lideraram e planejaram a operação foram mais tarde condecorados pela rainha. Após esse evento um grande número de jovens aliaram-se ao grupo terrorista IRA.



John Lennon & Yoko - Sunday Bloody Sunday


John Lennon - Luck of the Irish


Paul Maccartney - Give Ireland back to the Irish


U2- Sunday Bloody Sunday


quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Pripyat: Cidade Fantasma


A cena poderia ser muito bem a de um filme de terror, mas é ainda pior, a imagem é de um parque de diversões que seria inaugurado no primeiro dia do mês de março de 1986, na cidade de Prypiat atual Ucrânia, antiga União Soviética. Esse parque de diversões nunca foi utilizado, pois cinco dias antes da ser aberto, no dia 26 de abril aconteceu algo que ficou pra sempre na história da humanidade, principalmente naquela região, hoje conhecida também como “A cidade Fantasma de Pripyat”; A cerca de vinte e quatro anos não tem sequer um habitante, localizada há cerca de dezoito quilômetros da cidade de Chernobyl, onde aconteceu o maior acidente nuclear da história, no reator número 4 da usina de Chernobyl.
Aproximadamente 01:20h da madrugada ocorreu uma explosão de vapor dando inicio a explosões seguintes que liberaram grande quantidade de radiação na atmosfera, o nível de contaminação era tão grande que as pessoas não podiam ficar expostas a ela por 15 minutos, no entanto devido a falta de informação e até mesmo de transparência do governo soviético , a cidade só foi evacuada dois dias depois do desastre. 600 mil trabalhadores participaram da operação de contenção e limpeza do reator 4, muitos desses homens absorveram níveis letais de radiação e ainda, durante os oito meses seguintes, homens ainda trabalhavam na construção de um sarcófago ainda está cerca de 95% do material radioativo original.
Mesmo tanto tempo depois da catástrofe não se tem ao certo o número de vitimas, tendo em vista que a radiação atingiu não apenas a Ucrânia, como a Bielo-Russia e até mesmo parte da Europa. Radiação essa que não apenas matou quase que instantaneamente, como deixou pessoas propensas a cânceres e crianças que nasceram com má formação congênita.